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O que é degeneração discal?

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Por: Publicado em 9 novembro, 2022

A degeneração discal é uma condição natural que atinge 90% das pessoas acima dos 50 anos. Mas, na maioria das vezes, é assintomática.

A degeneração discal é um processo natural de envelhecimento. Portanto, é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade. Após essa faixa etária, 90% das pessoas apresentarão essa condição ao realizar exames de ressonância magnética, porém a maioria dos casos é de forma assintomática.

Continue a leitura deste artigo e entenda por que os discos envelhecem e quando isso se torna um problema. Confira também os principais sintomas e as formas de tratamento para a doença discal degenerativa.

O que é a degeneração discal?

Os discos intervertebrais são estruturas resistentes e flexíveis, constituídas por fibrocartilagem, presentes nos espaços entre as vértebras. Eles absorvem a força exercida na coluna e permitem seu movimento.

Com o passar dos anos, o tecido dos discos intervertebrais sofre uma degeneração natural, decorrente tanto do envelhecimento celular quanto do desgaste causado pela quantidade de movimentos realizados ao longo do tempo. Assim, os discos perdem volume, reduzindo a altura entre as vértebras, o que pode causar maior rigidez na coluna e dificuldade na realização de atividades físicas.

A degeneração discal é um processo natural de envelhecimento do corpo. Portanto, é uma condição comum em idosos.

Por que o disco envelhece?

Assim como o surgimento de rugas e embranquecimento dos cabelos, a degeneração dos discos intervertebrais é um processo natural do envelhecimento humano. Com tantos movimentos físicos realizados ao longo dos anos, os discos intervertebrais vão se desgastando, perdendo volume, elasticidade, flexibilidade e a capacidade de amortecer os impactos na coluna.

Contudo, outros fatores podem enfraquecer os discos, acelerar a degeneração discal e aumentar a gravidade dos sintomas. Confira as principais causas da degeneração discal:

  • Envelhecimento;
  • Excesso de carga/Postura incorreta;
  • Movimentos corporais abruptos e com excesso de força;
  • Lesão nas costas;
  • Predisposição genética.

Para algumas pessoas, a degeneração discal pode evoluir para doença discal degenerativa, em que os sintomas se tornam muito mais intensos e há maior dificuldade de mobilidade. Em certos casos, a cirurgia pode ser recomendada.

Sintomas da doença discal degenerativa

Grande parte das pessoas não apresenta sintomas da degeneração discal, ainda que esta possa ser observada em exames de imagens. Contudo, quando há o aparecimento de sintomas, o quadro clínico é o de uma condição conhecida como doença discal degenerativa.

A cervical e a lombar (respectivamente, as áreas superiores e inferiores da coluna) são os segmentos mais afetados pelos sintomas da doença discal degenerativa. Elas são partes mais móveis da coluna, e são as que mais recebem carga e impacto.

Os sintomas mais comuns da doença discal degenerativa são os seguintes:

  • Dores nas costas, escápulas e ombros;
  • Dores no pescoço;
  • Dor na lombar;
  • Dormência e formigamento;
  • Queimação e ardência;
  • Dificuldade ao caminhar, correr ou pular;
  • Dores nos braços;
  • Dores nas pernas.

Além disso, algumas dores pioram ao permanecer em pé por tempo prolongado, ou com levantamento de peso, e melhoram ao se deitar. Normalmente, as dores causadas pela doença discal degenerativa são de baixa intensidade, porém duradouras, com períodos de exacerbação.

As dores ocorrem principalmente a partir de inflamações no interior dos discos. Em alguns casos, há compressão dos nervos devido à ocorrência de pequenos abaulamentos no disco, o que pode causar dor ciática.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da doença discal degenerativa é dado a partir da consulta médica, na qual o profissional identifica os sintomas, questiona hábitos de vida do paciente e investiga antecedentes médicos. Também é realizado exame físico.

A complementação do diagnóstico é feita com exames de imagem, pelos quais é possível observar o desgaste dos discos intervertebrais. Contudo, como nem sempre o desgaste dos discos causa sintomas, não é possível comprovar que as queixas do paciente tenham relação com as alterações nos exames de imagem, apesar de indicarem a possibilidade da condição.

Na ressonância nuclear magnética, há duas alterações que indicam maior probabilidade de correlação entre a degeneração discal e as dores sentidas pelo paciente:

  • Quando há uma perda importante de altura dos discos, o que aproxima as vértebras e pode criar instabilidade de movimentos da coluna, com aumento da possibilidade de ocorrência de dores.
  • Incidência de lesão do platô vertebral, uma região da vértebra que está em contato com o disco intervertebral. Essa área é bastante inervada e, por isso, alterações mais agudas na região, como edema ósseo, podem causar dores.

Qual o tratamento?

O tratamento da doença discal degenerativa consiste principalmente no alívio dos sintomas, uma vez que a degeneração discal é um processo natural. Para isso, o médico poderá receitar medicamentos e recomendar reabilitação fisioterapêutica.

Além do uso oral e intravenoso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios para redução dos sintomas da doença discal degenerativa, em casos de dores mais intensas a infiltração na coluna poderá ser realizada.

A infiltração na coluna, também conhecida como bloqueio na coluna, é um procedimento simples, no qual o medicamento é injetado, via agulha, diretamente na coluna do paciente, no ponto exato da dor. Podem ser utilizados anestésicos, anti-inflamatórios e corticoides.

Já a fisioterapia e os programas planejados de exercícios físicos ajudam no fortalecimento muscular, na flexibilidade e na melhora da capacidade aeróbica. Além disso, mudanças no estilo de vida são fundamentais para minimizar os sintomas e postergar futuros problemas com a degeneração dos discos.

Em casos mais graves, quando os tratamentos mais conservadores não surtirem efeitos, o procedimento cirúrgico poderá ser indicado. Existem as seguintes terapias cirúrgicas para o tratamento da doença discal degenerativa:

  • Prótese com disco artificial: o disco intervertebral afetado poderá ser removido cirurgicamente e substituído por uma prótese com disco artificial, de forma a manter o movimento e a flexibilidade da coluna.
  • Artrodese ou fusão de vértebras: procedimento cirúrgico comum no tratamento de doenças degenerativas da coluna vertebral. Seu objetivo é estabilizar a coluna e aliviar as dores. Nesta intervenção cirúrgica, são utilizados enxertos ósseos, placas metálicas e parafusos para fundir duas ou mais vértebras adjacentes.

Os procedimentos utilizados para tratar a doença discal degenerativa deverão ser indicados pelo médico, conforme o quadro clínico e características individuais do paciente. Para saber mais sobre degeneração discal, entre em contato com o Dr. Fernando Marcelino.

 

Fonte:

Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC)

Para saber mais sobre o trabalho realizado pelo ortopedista especialista em coluna,
entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Fernando Marcelino.

(11) 99941-0655