Saiba mais sobre esse problema na coluna vertebral que é causado pela degeneração ou trauma de um segmento da vértebra
A coluna vertebral é o nosso pilar de sustentação do corpo. Mais especificamente na região lombar fica a função de suportar cargas mecânicas. Quando a lombar é forçada, pode haver uma fratura de uma vértebra da coluna que liga uma articulação à outra. Essa condição, que causa dores nas costas e nos membros, é chamada de espondilólise. Continue a leitura e saiba mais sobre!
O que é espondilólise?
A espondilólise é uma rachadura ou fratura causada nas vértebras da coluna por estresse (ou seja, tensões mecânicas), mais comum em pessoas jovens. Essa é uma condição que pode ser causada por diversos fatores. Entre eles, estão:
- Uso excessivo e repetitivo da região — pessoas que praticam esportes com intensidade alta, como ginástica, futebol e levantamento de peso, são mais suscetíveis a ter esse tipo de problema, pois atividades repetitivas que exigem esforço da coluna tendem a enfraquecer as articulações, o que pode levar à fratura da vértebra.
- Genética — algumas pessoas podem nascer com os ossos mais finos e fracos do que o normal, o que pode torná-los mais vulneráveis a fraturas.
Principais sintomas da espondilólise
Nem sempre as pessoas com espondilólise apresentarão sintomas claros, embora a dor nas costas ou na lombar seja o principal sintoma. Algumas características dessa dor são:
- Dor parecida com à de uma distensão muscular nas costas;
- A dor irradia para as nádegas e a parte de trás das coxas;
- A dor tende a piorar em atividade e amenizar em repouso;
- Costas rígidas;
- Dor que se estende até as pernas;
- Dificuldade para andar.
Em alguns casos, a dor pode tornar o paciente incapacitado de realizar atividades do dia a dia que antes realizava com facilidade. Por isso, buscar ajuda profissional no início dos sintomas é fundamental.
Qual a relação entre espondilólise e espondilolistese
A espondilólise e a espondilolistese são condições causadas na coluna e que podem estar relacionadas entre si. A própria origem do nome de cada problema ajuda a entender a origem, veja:
- Espôndilo = vértebra
- Lise = ruptura
- Listese = escorregamento
Ou seja, apesar de ambos os problemas serem na coluna vertebral, eles possuem causas diferentes. A espondilólise é causada pela rachadura ou ruptura de uma porção posterior da vértebra. Já a espondilolistese acontece quando há o escorregando de uma vértebra em relação à outra.
Há uma série de razões que podem fazer uma vértebra escorregar. Nos adultos com mais de 50 anos, por exemplo, esse deslize acontece pela degeneração natural que acomete principalmente a quarta e a quinta vértebra lombar. Jovens também podem ser afetados por essa condição, que acontece por uma falha na região da vértebra.
Como a espondilólise é diagnosticada?
Existem alguns exames que podem ajudar o médico a confirmar ou descartar a espondilólise como a causa dos sintomas. São eles:
- Exame físico — o profissional pedirá detalhes sobre o histórico médico do paciente e fará perguntas sobre a saúde de seus familiares mais próximos.
- Exames de imagem — raio-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética são alguns dos exames de imagem que o profissional pode pedir.
O diagnóstico de espondilólise é confirmado por meio dos exames, quando é possível notar fratura ou ruptura da região da vértebra chamada pars interarticularis.
Possíveis tratamentos para espondilólise
Na maioria dos casos, o tratamento tem a função de aliviar a dor e o incômodo que o problema pode causar. Isso se dá por meio da cicatrização da fratura e estabilização da vértebra, impedindo a progressão da doença. Para isso, as estratégias podem ser múltiplas, envolvendo as seguintes etapas:
Medicamentos — a prescrição de analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios ajudam na gestão da dor.
Fisioterapia — em combinação com os medicamentos, o profissional pode indicar que o paciente realize sessões de fisioterapia, que podem, além de reduzir os quadros de dor, promover o fortalecimento da coluna vertebral e evitar o avanço da doença.
Exercícios físicos — são indicados quando feitos com o acompanhamento de um profissional de educação física que conheça suas limitações. É importante evitar exercícios que provoquem a hiperextensão da coluna.
Cirurgia — pode ser indicada para os casos mais extremos da doença, quando a combinação de medicação e fisioterapia não surte efeito, principalmente em casos em que a espondilólise evolui para uma espondilolistese, ou quando há presença de degeneração discal severa em conjunto com a espondilólise.
É importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda de um médico especialista o quanto antes, impedindo o avanço e a piora da doença.
Para saber mais, entre em contato com o Dr. Fernando Marcelino .
Fontes: