Lesões nas vértebras podem ocorrer por diversas causas e é importante conhecê-las.
As fraturas na coluna vertebral ocorrem por impacto ou baixa qualidade óssea que podem causar rompimento ou danos na estrutura óssea dos ossos que a compõem.
O que causa as fraturas na coluna?
Composta por 33 vértebras e dividida em três regiões – cervical, torácica e lombar –, a coluna tem função muito importante de estruturação, equilíbrio e sustentação do corpo, bem como de servir de proteção à medula espinhal. Fraturas na coluna são definidas como o rompimento, fragmentação ou compressão que causem perda da altura ou das margens fisiológicas das vértebras, ocorrendo em uma ou mais vértebras.
As principais causas associadas a esse tipo de lesão são os traumatismos, a perda de massa óssea por causa de doenças como osteopenia e osteoporose, e a ação de tumores sobre a coluna. Alguns fatores podem aumentar o risco de fraturas na coluna, especialmente aqueles que já são de risco para doenças como osteopenia e osteoporose, como por exemplo, o uso constante de cigarros.
Com o envelhecimento, a perda de massa óssea é maior, especialmente após os 60 anos. As alterações hormonais do período da menopausa, nas mulheres, também são um fator de risco às vértebras.
Estilo de vida inadequado, sedentarismo, tabagismo também aumentam o risco de fraturas na coluna, bem como doenças reumatológicas e crônicas, uso contínuo de alguns medicamentos (principalmente corticoides) e histórico de fraturas vertebrais anteriores.
Quais os principais causadores de fraturas na coluna?
São três os grandes grupos causadores de fraturas na coluna:
- Fraturas por osteopenia ou osteoporose;
- Fraturas por traumatismos;
- Fraturas por tumor.
Falaremos sobre cada uma delas, a seguir.
Fraturas por osteopenia ou osteoporose
Osteopenia e osteoporose são doenças caracterizadas pela perda de massa óssea. A osteopenia é uma fase prévia da osteoporose, onde há perda de massa óssea, no entanto, essa perda não é tão elevada. Já a osteoporose se caracteriza pelo grave comprometimento da resistência por causa da diminuição de massa óssea. Em ambas as condições podem ocorrer fraturas na coluna, sendo que quanto maior o grau da osteoporose, maior as chances de fraturas.
Fraturas por traumatismo
As fraturas causadas por traumatismo podem se apresentar de diversas maneiras, a depender do tipo de trauma, de quantas vértebras atingidas e da gravidade das lesões. Acidentes em geral, como de trânsito, impactos causados por quedas, movimentos bruscos, são exemplos de traumas que podem levar a fraturas nas vértebras.
Fraturas por tumor
A manifestação e desenvolvimento de tumores pode causar alterações que, por sua vez, resultam em fraturas na coluna. Não é incomum que pacientes descubram a presença de algum tumor por causa da investigação de uma ou mais fraturas em qualquer região da coluna. Os tumores podem levar a fraturas por dois mecanismos, o primeiro é o comprometimento da estrutura vertebral devido ao crescimento desordenado do tumor (em geral causando a implosão da vértebra), o outro mecanismo é a alteração hormonal que muitos tumores podem causar, o que pode levar a perda de massa óssea.
Mecanismo de fraturas na coluna se desenvolvem?
O mecanismo das fraturas na coluna depende da forma como a mesma ocorreu. Podem ser três: flexão, extensão e rotação. As mais comuns, especialmente em pacientes com osteoporose, são as fraturas de flexão, que ocorrem de duas formas, por compressão ou explosão.
As fraturas em extensão, ou por flexão-distração, são mais comuns quando causadas por traumatismos, como em acidentes. Força e movimentos bruscos podem causar rompimento ou fragmentação das estruturas vertebrais. As fraturas por rotação, também chamadas de fraturas-luxação, também podem ser causadas por traumatismos e estão associadas a deslocamentos graves na coluna.
Quais são os tratamentos para fratura na coluna?
A partir do diagnóstico de fraturas na coluna, o tratamento a ser indicado depende da identificação de suas causas, gravidade e fatores individuais do paciente.
Quando a fratura já está consolidada ou quando esta não apresenta movimentação excessiva, compressão grave da medula ou impacto no alinhamento local/sagital, o tratamento conservador é indicado, sendo utilizadas medicações anti-inflamatórias e relaxantes.
Já quando a fratura ainda não está consolidada, mas apresenta pouco movimento e não está causando nenhuma compressão medular grave, é possível tentar utilizar a imobilização com uso de coletes para auxiliar na consolidação da fratura e evitar novos impactos.
Em casos em que há grave compressão medular, ou impacto severo no alinhamento regional é necessário que seja realizada a cirurgia com urgência, para evitar agravamento da lesão. Em casos, em que há apenas instabilidade é possível que o tratamento conservador seja realizado para tentar evitar o procedimento cirúrgico. As cirurgias podem ser abertas ou minimamente invasivas, a depender de cada caso.
É importante, também, que se estabeleça o tratamento adequado para a causa secundária à lesão, como a osteoporose e tumores. Dessa forma, é possível que cuidados sejam tomados para evitar ou atenuar o aparecimento de possíveis novas fraturas.
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Fontes: