Condição comum em pessoas acima dos 50 anos de idade, a estenose lombar pode ser aliviada com o tratamento adequado.
A estenose lombar é uma doença degenerativa do canal vertebral que afeta principalmente os idosos, devido ao desgaste natural da coluna ao longo dos anos. A condição pode causar dores, incômodos e dificuldades para andar e se movimentar.
Com o tratamento adequado e seguindo as recomendações médicas, é possível aliviar as dores e diminuir os sintomas para garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Continue a leitura deste artigo e entenda o que é a estenose lombar, quais as causas e sintomas, e como é feito o tratamento dessa condição comum em pessoas acima dos 50 anos.
O que é estenose lombar?
Também conhecida como estenose do canal vertebral, a estenose lombar é uma condição de estreitamento do canal vertebral na lombar, região inferior da coluna. Essa diminuição do diâmetro do canal vertebral na lombar gera compressão nas raízes nervosas presentes nessa área, o que pode causar dores e diversos incômodos ao paciente.
Tipos de estenose lombar
A estenose lombar pode ser de dois tipos: congênita ou adquirida. A congênita (primária) é quando o paciente já possui a coluna formada com estreitamento do canal vertebral, essa condição é mais rara e representa cerca de 9% dos pacientes com a doença.
Já a estenose lombar adquirida (secundária) acontece com a evolução do desgaste vertebral ao longo do tempo, sendo mais frequente em pessoas com mais de 50 anos de idade, essa é a causa mais comum de cirurgias na coluna em pacientes acima dos 60 anos.
Além disso, há dois tipos de estenose do canal vertebral: central e foraminal.
- Estenose central: ocorre quando há estreitamento do canal vertebral central.
- Estenose foraminal (ou lateral): ocorre quando há estreitamento do forame, isto é, dos espaços entre as vértebras por onde passam os nervos e raízes nervosas em direção às pernas.
Sintomas da estenose lombar
A estenose lombar pode gerar diferentes sintomas e incômodos, de acordo com o local onde ocorre a compressão das estruturas nervosas, e além disso, por se tratar de uma condição degenerativa com evolução arrastada, os sintomas são mais leves no início e progridem lentamente com o tempo.
Nas fases iniciais da estenose lombar, o paciente apresenta dificuldade para caminhar longas distâncias e as dores melhoram quando em repouso. Com a evolução da doença, caminhadas mais curtas e permanecer em pé também geram dores e desconforto ao paciente e geralmente, os sintomas amenizam ao se sentar.
Quando o paciente está em pé, na posição ereta, a pressão no canal vertebral é maior, pois o seu diâmetro é diminuído, já quando o paciente está sentado, o canal vertebral aumenta seu diâmetro, diminuindo a pressão exercida na estrutura neural.
Nos casos mais extremos de estenose lombar, o paciente pode adquirir a síndrome da cauda equina, uma condição grave de inflamação que pode resultar em paralisia, sensibilidade, perda de movimento e incontinência intestinal e urinária.
De maneira geral, os sintomas mais comuns da estenose do canal vertebral são:
- Dor lombar;
- Dor nas pernas ao caminhar;
- Dor ao ficar muito tempo em pé;
- Perda de força nas pernas;
- Fraqueza;
- Câimbras;
- Dormência nos membros inferiores;
- Dificuldade de controlar a bexiga.
Quais são as causas?
Além do desgaste vertebral relacionado à idade, as causas que levam o paciente a desenvolver estenose lombar incluem doenças degenerativas dos discos vertebrais e espondilolistese. Estas condições podem desalinhar as vértebras, de modo a aumentar a pressão sobre a medula espinhal e as estruturas nervosas.
Algum dos fatores de risco para o desenvolvimento de estenose lombar são os seguintes:
- Idade: devido à degeneração natural da coluna vertebral ao longo dos anos, pessoas mais velhas têm maiores chances de desenvolver estenose lombar.
- Obesidade: além de aumentar a pressão exercida sobre a coluna, a obesidade pode ocasionar doenças que degeneram os discos vertebrais.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico de estenose do canal vertebral deve seguir uma avaliação clínica rigorosa, considerando os sintomas e queixas do paciente. Como possui sintomas muito similares a outras condições, como claudicação vascular, neuropatias periféricas e artrose, a avaliação médica deve ser criteriosa.
Durante a consulta médica, é realizado um exame físico, importante procedimento para direcionar os exames complementares.
Normalmente, a confirmação do diagnóstico de estenose lombar é feita por meio de exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada, pois possibilitam observar o estreitamento do canal vertebral e a localização exata da estenose. Já a radiografia dinâmica ajuda a avaliar a coluna vertebral em diferentes posições, com o paciente sentado e em pé.
Também pode ser solicitado pelo médico o exame de eletromiografia (EMG), como forma de constatar se há inflamação ou lesão nervosa.
Tratamentos para estenose do canal vertebral
O tratamento para estenose lombar pode incluir desde procedimentos mais conservadores — como medicações, injeções e fisioterapia — até a cirurgia, para casos mais avançados.
Tratamento conservador
As dores na coluna e nas pernas e demais sintomas da estenose do canal vertebral podem ser tratadas com fisioterapia, descanso e medicações, incluindo injeções de corticosteroides.
- Fisioterapia: inclui exercícios físicos que melhoram a flexibilidade e fortalecem os músculos, auxiliando na sustentação do corpo e na mobilidade.
- Medicamentos: para aliviar os sintomas, o médico pode receitar medicamentos, como analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios.
- Injeção de corticosteroides: utilizada em casos de inflamação das estruturas nervosas.
Caso os sintomas piorem ou os tratamentos conservadores não gerem o alívio esperado, alternativas como a cirurgia podem ser consideradas.
Cirurgia
A cirurgia para tratamento da estenose lombar é recomendada para casos mais avançados da doença ou quando os tratamentos conservadores não tenham aliviado os sintomas.
O objetivo do procedimento cirúrgico consiste na descompressão das estruturas vertebrais, de modo a aumentar o espaço entre as vértebras e os nervos e diminuir a pressão exercida sobre estes.
A cirurgia para estenose do canal vertebral pode ser realizada por meio de técnicas minimamente invasivas. As técnicas utilizadas preservam ao máximo o corpo do paciente e garantem uma recuperação mais rápida, com baixo risco de complicações, contudo, como qualquer procedimento cirúrgico, exige cuidados pós-operatórios, como o repouso, e sessões de fisioterapia podem ser recomendadas após a cirurgia.
Para saber mais sobre estenose lombar, entre em contato com o Dr. Fernando Marcelino.
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