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Escoliose idiopática do adolescente (EIA)

Fotos de cirurgias reais, originais de autoria do Dr. Fernando Marcelino

Deformidade de coluna é caracterizada pela presença de uma curvatura tridimensional, podendo causar problemas físicos e emocionais ao adolescente

A chamada escoliose idiopática do adolescente (EIA) é uma alteração que ocorre em pacientes com mais de 10 anos de idade e ainda apresentam o esqueleto imaturo. Esta deformidade se difere da escoliose infantil, que acomete crianças com menos de 3 anos, e da escoliose idiopática juvenil, que afeta jovens com idade entre 3 e 10 anos.

É muito comum que a escoliose idiopática do adolescente não cause dor no paciente, o que dificulta bastante o diagnóstico. Por causa disso, a maioria dos pacientes convive muitos anos com a condição, permitindo que a curvatura da coluna evolua bastante antes de iniciar um tratamento conservador. A observação dos pais é muito importante para a identificação da doença.

O que é escoliose idiopática do adolescente?

A escoliose idiopática é uma deformidade lateral da coluna vertebral, caracterizada pela presença de uma curvatura tridimensional de pelo menos 10 graus, acompanhada por rotação do tronco. Como consequência, a coluna do paciente se apresenta em formato de “S” ou de “C”.

A tendência é que a escoliose idiopática do adolescente apresente uma curvatura que progride principalmente nos períodos de crescimento ósseo, conhecidos como estirão. O potencial de crescimento de uma curva de coluna é definido a partir de uma série de fatores,  que incluem desde a idade do paciente quando foi diagnosticado com a condição até sua maturidade esquelética.

O acompanhamento especializado é fundamental para identificar as consequências da escoliose idiopática do adolescente para a saúde física e psicológica do paciente, bem como para adotar tratamentos conservadores para evitar a progressão da deformidade. É indicado que o jovem passe por uma avaliação a cada 6 meses, desde a identificação da doença até o final da adolescência.

Sintomas e diagnóstico da escoliose idiopática

A primeira suspeita de escoliose normalmente é levantada pelos próprios pais ou professores do adolescente, que notam um desalinhamento entre os ombros do paciente ou percebem que as roupas não se ajustam corretamente. A assimetria no corpo geralmente fica mais evidente quando o indivíduo inclina o corpo para frente com as pernas esticadas, deixando um lado das costas mais alto que o outro.

Em geral, alguns dos principais sinais que podem se manifestar em casos de escoliose idiopática do adolescente são:

  • Um ombro mais alto que o outro;
  • Uma das escápulas mais proeminente que a outra;
  • Um dos lados do quadril parece ser maior ou mais proeminente que o outro;
  • Diferença significativa no alcance dos braços, quando ambos estão esticados livremente nas laterais do corpo;
  • Excesso de cifose (curvatura torácica) ou lordose (curvatura lombar);
  • O adolescente parece estar inclinado para um dos lados do corpo.

Quando há pelo menos uma dessas manifestações, é recomendado procurar um ortopedista para avaliação do caso e constatação de que realmente se trata de uma escoliose idiopática do adolescente. O diagnóstico é feito a partir de exames de imagem como radiografia da coluna, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, além de avaliação clínica especializada.

Como é o tratamento da escoliose idiopática do adolescente?

O tratamento para a condição pode ser tanto conservador como cirúrgico, dependendo principalmente do grau de curvatura apresentado e idade de início dos sintomas. Os coletes ortopédicos são a forma mais comum de tratamento conservador, sendo utilizados para evitar a progressão da curva — não promovendo o tratamento da condição. É considerado que o tratamento teve sucesso quando foi possível evitar o aumento de 5 graus na curva.

O tratamento com colete ortopédico deve ser realizado juntamente com uma estratégica de observação, em que o paciente é reavaliado a cada 6 meses, em média. Também pode ser recomendado fortalecimento e realização de fisioterapia e outros métodos conservadores que ajudam a evitar a progressão da escoliose idiopática do adolescente.

Esses casos são considerados mais graves, com curvaturas com mais de 40°, podem ter indicação cirúrgica. A intervenção realiza a fusão espinhal e tem como objetivo corrigir ao máximo a deformidade apresentada, prevenindo o avanço da curva, restabelecendo a estabilidade da coluna e minimizando as complicações que a deformidade pode trazer ao paciente.

O que acontece se a escoliose não for tratada?

Tanto a escoliose idiopática do adolescente como os tratamentos indicados para a alteração podem afetar drasticamente a autoestima e autoimagem do paciente, trazendo complicações psicológicas severas. Além disso, o uso de colete ortopédico pode ser muito incômodo e sofrido para o paciente, dificultando a adesão do adolescente ao tratamento e comprometendo os resultados.

Além do âmbito psicológico, a escoliose idiopática do adolescente pode prejudicar o funcionamento de alguns órgãos e afetar o bem-estar geral do paciente. Isso porque a caixa torácica abriga diversos órgãos vitais, como coração e pulmão, que podem ficar comprimidos nos casos em que a curvatura da coluna é muito acentuada. O acompanhamento especializado é essencial para evitar essas complicações, podendo muitas vezes incluir também atendimento psicológico.

Agende uma consulta com o ortopedista Fernando Marcelino e tire todas as suas dúvidas a respeito dos tratamentos para escoliose.

Fontes:

Instituto de Patologia da Coluna

Escoliose Brasil 

Para saber mais sobre o trabalho realizado pelo ortopedista especialista em coluna,
entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Fernando Marcelino.

(11) 99941-0655